O IPDMS foi fundado em 2012 e se constroi, desde então, como um Instituto de pesquisa contra-hegemônico, reunindo pesquisadores-militantes que teorizam e constroem perspectivas críticas e anti-sistêmicas de direito, na relação com os movimentos sociais populares. Nosso Instituto é composto, desde este espectro, por uma pluralidade de pessoas com as mais distintas bandeiras, enfoques de atuação política e perspectivas teóricas, mas com algo que as une: a defesa intransigente da conquista da máxima humanidade (humanização) nas relações intersubjetivas e sociais.
Os riscos do cenário brasileiro atual, confirmados após os resultados do primeiro turno, e a ameaça da barbárie, a depender do resultado do segundo turno, aterroriza daqueles que viveram o período da ditadura empresarial-militar brasileira e não poderiam imaginar uma ameaça desta envergadura nos tempos atuais àqueles que ainda não sentiram este gosto amargo da história. Assim, a nação brasileira já fraturada por períodos de escravidão e rupturas democráticas, agora põe em risco a engatinhante Nova República, caso Jair Bolsonaro seja eleito. Isso significaria o massacre de quem luta, de quem está sem lugar no mundo do trabalho, de quem vive seus corpos e afetos de maneira diversa da moralidade sexual imposta, dos grupos que tem secularmente outra relação com os rios, a terra, os animais. Sua vitória significaria a destruição das políticas de combate à violência contra a mulher e de promoção da igualdade racial. Sua vitória significaria o sepultamento da educação e da saúde públicas. Significaria o silenciamento dos que se insurgem e se mobilizam por conquistas de direitos.
É diante da urgência e gravidade deste cenário nacional que a Secretaria Nacional do Instituto de Pesquisa, Direitos e Movimentos Sociais (IPDMS) se junta a todas as pessoas, grupos, movimentos sociais e partidos políticos que componham uma frente de mobilização anti-fascista e por democracia no Brasil, convidando todas as pessoas associadas a fazerem o mesmo, entendendo que esta resistência passará, necessariamente, pelo apoio à candidatura de FERNANDO HADDAD no segundo turno eleitoral.
Eles não passarão e a liberdade como libertação continuará sendo nossa música!
Secretaria Nacional do Instituto de Pesquisa, Direitos e Movimentos Sociais.
11 de Outubro de 2018.